terça-feira, 22 de junho de 2010

Janela

Eu sempre sento em frente daquela janela. Todos os dias, como se fosse uma obsessão doentia, eu me sento na mesma cadeira, e aperto apenas um botão.
(Aonde tudo começa e se reinicia)
Quando a abro, me dou de cara com o mundo. Não aquele organico, mas sim o formado por dados e bytes. Um mundo aonde todos são livres, falam o que querem, criam o que querem. O controle é pouco, portanto todos podem voar livremente.
(Dizem que o ser humano se torna bom quando é livre)
O que fazemos com essa liberdade? Criamos mais mascaras dizendo o que não queremos. Mais mentiras. Mais alter-egos.
Porem eu não consigo fechar essa janela.
Por mais que eu tente, sempre acabo abrindo-a novamente. Tantos sonhos e ilusões. Tanta coisa apenas ao alcance do meu dedo.
(Tantas mentiras doces que me contam )
Mas nada disso é real, eu sei. E mentiras criam mais mentiras. Cada vez mais me sinto alheia ao mundo, desapontando aquilo que idealizei para mim mesma.
É apenas uma janela. Você só vê atravez dela.Tudo esta muito distante para ser realmente tocado. Ninguem se machuca realmente,só se procurar isso.
(Talvez por isso seja tão confortavel)
É apenas uma janela.

Nada ali é real.

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